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segunda-feira, 24 de outubro de 2011

De Súbito

De súbito

Subitamente de vermelho
Tingiu-se minha alma
Os olhos fitados no espelho
Como brasas esperando um sopro
De alguém que se cala
ou apenas de uma simples brisa
Ao entrar na sala

Subitamente de vermelho
Tingiu-se minha face
Não de vergonha ou timidez
Mas da cor do amor
Do desejo, escancarado em minha tez

Subitamente meu corpo vazio se fez
Mas o coração pulsou outra vez
De um jeito inexplorado
Nesse encontro, repleto se fez
E foram risos, carícias, insensatez!

E subitamente sozinha
No meu quarto
Naquele canto prisional
O sonho se desfez!

Cida Lima

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