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quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Sofrer


Sofre-se por tudo nessa vida
Não sei precisar qual o pior dos sofrimentos
Também nem quero ser a dona dessa verdade
Como somos únicos, único também é nosso sentimento
Por isso, humanos somos! Não há como quantificar a dor.
Sei que me entristeço com a solidão
Com a fome alheia
Com a desventura e a falta de saúde da maioria...
Às vezes, ou quase sempre, uma lágrima desliza em meu rosto
Ao ver crianças sem brincar, sem teto, sem alimento
Ao ver velhos, sem lar, sem afeto, jogados ao relento
Sempre me entristeço de saudade, dos que ainda viajam comigo pelo tempo
Mas, que por falta de tempo, não nos vemos, não nos falamos...
Entristeço-me pela distância, pela ignorância, em mim e nos outros
Uma das dores mais doídas é a da falta de amor!
Amor por si, pelos outros, amor fraterno, amor interno, que queima e arrebata
Sinto que a humanidade sofre pela falta de amar!
É um padecer que não se mede só se sente
E caminhamos assim, por medo de retirarmos o véu que cobre nossa verdade
Mal amando, mal nos relacionando, mau convívio, nos maltratando sem piedade.
Amor, que seja utópico, platônico,
Amor que seja real, Helênico,
Amor que seja simples, descomplicado, companheiro
Amor, que venha e seja em mim, a chama a manter-me viva
Para tornar leves meus dias, para colorir cada canto meu com cores quentes
Para transformar em mim e nos outros a cor gélida do desamor
Somos luz, chama acesa,
Precisamos mantê-la incandescente, prestes a explodir
Quero alegria, sinfonia, sintonia, jardins a florir
Que seja doce seu estar em mim.

Cida Lima

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